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Sudão: Norte e Sul vão ter zona desmilitarizada


Refugiados da região de Abyei
Refugiados da região de Abyei

O acordo prevê a criação de uma zona desmilitarizada administrada conjuntamente e com supervisão internacional.

O norte e o sul do Sudão concordaram em criar um mecanismo de segurança conjunto ao longo da sua fronteira a partir de Julho quando o país se dividir em dois.

O acordo prevê a criação de uma zona desmilitarizada administrada conjuntamente e com supervisão internacional.

Atas entidades militares do norte e do sul concluíram o acordo em Adis Abeba na sequência de 3 dias de conversações.

O acordo mediado pelo antigo presidente sul-africano Thabo Mbeki prevê reuniões regulares entre altas entidades de ambos os lados para debater questões de segurança.

O conselheiro do painel da União Africana que serviu de medianeiro, Alex de Waal , afirma que o mecanismo de coordenação é um dos pontos mais importantes para garantir o futuro a longo-prazo das relações entre o norte e o sul do Sudão: “ ainda mais importante,disse de Waal, este acordo cria uma zona fronteiriça comum. Dez km de cada lado ao longo da fronteira comum de 2 mil 175 km será uma zona desmilitarizada a partir de 9 de Julho.”

A Etiópia ofereceu-se entretanto para enviar um contingente para servir de tampão na zona desmilitarizada.

Numa entrevista à VOA, uma porta-voz do ministério etíope dos negócios estrangeiros, afirmou que as tropas só seriam destacadas se ambas as partes pedissem a sua presença.

Nestes últimos dias a tensão começou de novo a subir na contestada região de Abyei, rica em petróleo. Tropas do norte apoderaram-se na semana passada da principal cidade da região obrigando mais de 60 mil sulistas a fugirem das suas casas.

Segundo Alex de Waal o acordo agora assinado em Adis Abeba define uma estratégia para aligeirar a tensão e normalizar a situação em Abyei antes da independência do Sudão do Sul: “ a questão do estatuto de segurança e da administração de Abyei a curto prazo tem que ser resolvida rapidamente. Este acordo prevê a desmilitarização de Abyei e a criação de uma administração interina”, disse de Waal.

De Wall disse ainda que as conversações de Adis Abeba deverão ser reatadas no final da semana depois da reunião do conselho de segurança da ONU.
Prosseguem também as negociações acerca da partilha dos recursos petrolíferos da região de Abyei e da questão da dívida externa sudanesa que se eleva a 38 mil milhões de dólares.

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