China condena morte de civis na Síria
A China denunciou hoje a morte de 108 civis na Síria, mas evitou em responsabilizar o governo sírio pelo massacre.
Pequim está a apelar todas as partes a apoiarem os esforços da mediação esta semana na Síria.
O governo chinês condenou os ataques da Sexta-feira e do Sábado contra a cidade síria de Houla, mas não se associou aos que responsabilizaram o governo sírio pelo incidente, limitando apenas a dizer que os perpetradores do massacre devem ser encontrados.
O porta-voz do ministério dos negócios estrangeiros da China, Liu Weimin disse que o seu país está chocado pelo massacre e condena veementemente a matança cruel de mulheres e crianças assim como de civis inocentes.
No Domingo, os 15 países membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas publicaram um comunicado condenando o governo sírio pelo seu papel no ataque em Houla, uma comunidade sunita localizada a 24 quilómetros da cidade de Homs. O comunicado não responsabiliza directamente o governo pela totalidade dos assassínios, mas criticou o uso de armamento pesado em áreas habitadas por civis.
O ministério dos negócios estrangeiros chinês exigiu a investigação do incidente de forma a apurar o responsável pela morte de civis, e mais uma vez mais apelou a Síria a implementar o acordo de cessar-fogo.
O antigo secretário-geral da ONU, Kofi Annan era aguardado para dar início as negociações hoje prevendo a implementação pelo governo sírio do plano de paz de seis pontos.
A China voltou a afirmar o seu apoio a Kofi Annan como mediador com o governo sírio.
Liu Weimin considerou o plano de paz de seis pontos de Kofi Annan como importante e disse que todas as partes têm uma grande expectativa na acção dos observadores da ONU na Síria.
Os grupos de oposição sírios apelaram a comunidade internacional para proteger os civis. O governo sírio por sua vez, tem negado a sua responsabilidade nos incidentes e acusa os grupos terroristas pelo massacre.