Coreia do Norte cortou relações com a Coreia do Sul, dizendo que navios sul coreanos invadiram as suas águas, isto enquanto a secretária de estado norte-americana em digressão pela Ásia, pressiona a China a apoiar novas sanções contra Pyongyang.
Esta terça-feira, a imprensa da Coreia do Norte acusava a Coreia do Sul de violar as águas territoriais do norte e advertia para uma acção militar.
Nos últimos 10 dias, segundo Pyongyang dezenas de navios de guerra entraram nas águas a leste da península coreana e lançou o aviso de que ”porá em vigor medidas militares para defender as suas águas. A Coreia do Norte sempre disputou a fronteira marítima na região.
O governo de Seul acusou Piongiang de afundar um navio sul-coreano perto da fronteira, e na segunda-feira o presidente Lee Myung-bak anunciou medidas retaliatórias, como o corte das relações comerciais. E advertiu que a situação é gravíssima.
Os problemas começaram na semana passada depois de um equipa internacional de investigação ter concluído que existiam provas suficientes indicando que a Coreia do norte tinha afundado o navio patrulha do sul, matando 46 marinheiros.
Na Coreia do Norte, segundo fontes, o vice-comandante da poderosa comissão de defesa nacional leu um comunicado na rádio advertindo o exército e organizações similares para se prepararem para a guerra.
A secretária de estado norte-americana, Hillary Clinton, que chega quarta-feira a Seul, no prosseguimento da sua viagem pela Ásia, afirma estar a trabalhar com Seul para obter apoio à imposição de novas sanções das Nações Unidas contra a Coreia do Norte.
Clinton está a pressionar a China a adoptar uma acção mais dura contra Piongiang. No final da visita de dois dias à China, Hillary Clinton disse que os chineses compreendem a gravidade da situação na península coreana
“Ninguém está mais preocupado com a paz e a estabilidade nesta região que os chineses. Sabemos que é uma responsabilidade partilhada e que vamos trabalhar com a comunidade internacional e os nossos colegas chineses para definir uma resposta apropriada e eficaz.”
Os Estados Unidos expressaram forte apoio ao presidente da Coreia do Sul e à sua intenção de enviar o problema à consideração do conselho de segurança da ONU, onde Washington e Pequim têm direito de veto. Mas a China, principal apoiante da Coreia do norte, ainda não condenou publicamente o ataque o reconheceu mesmo a responsabilidade de Piongiang no incidente.
Clinton acrescentou ser necessário um “período de cuidadosa consideração” para determinar a melhor forma de lidar com a Coreia do Norte, um sinal, talvez, de que a China ainda não está pronta a apoiar qualquer acção do Conselho de Segurança.