Obama com ligeira vantagem nas sondagens
Sondagens à opinião pública indicam que o Presidente Barack Obama tem uma vantagem mínima sobre o seu presumível oponente nas eleições de Novembro, o Republicano Mitt Romney.
Com o presidente Obama e Romney a trocarem acusações sobre política económica, essas sondagens indicam que as eleições presidenciais de Novembro vão ser extremamente renhidas.
A nova sondagem levada a cabo pelo jornal Washington Post e pela cadeia de televisão ABC diz que na sua totalidade 49% do eleitorado favorece Barack Obama enquanto 46% votaria agora por Romney.
A sondagem indica também que a economia permanece o tema mais importante para o eleitorado e que neste aspecto os dois candidatos estão empatados a 47%.
Há sinais contudo que neste aspecto Obama poderá ser prejudicado. Apenas 16 % diz que a sua situação económica é agora melhor do que quando Obama assumiu a presidência.
Frank Newport um especialista em opinião pública da organização de sondagens Gallup disse que em termos reais os dois candidatos estão actualmente empatados com “46% para cada lado”.
O próprio presidente Obama tem estado a avisar os seus apoiantes que este ano as eleições serão muito mais renhidas do que as anteriores quando a sua vitória foi confortável.
Thomas Mann um perito em política americana na Instituição Brookings, um centro de estudos sediado aqui em Washington, é de opinião que serão as percepções do eleitorado sobre o estado da economia que vão ser o facto determinante em Novembro.
“Eu diria que o factor mais importante será saber se a economia está a ganhar velocidade e a crescer ou em contracção,” disse.
“ Se estiver em queda a reeleição de Obama está em grande perigo,” acrescentou
Os dois candidatos estão a contar com uma grande afluência às urnas dos apoiantes dos seus respectivos partidos mas eleições renhidas aqui nos Estados Unidos são geralmente decididas por eleitores independentes.
Ken Duberstein, antigo chefe de gabinete do presidente Ronald Reagan, diz que são os eleitores independentes que vão ter um papel vital.
“É a luta pelos independentes que vai contar,” disse ele.
“Portanto os candidatos vão ter que alargar o seu apelo e não apenas cingirem-se às suas bases existentes,” acrescentou.
A salientar que as eleições presidenciais americanas não são directas mas sim para um colégio eleitoral com representação proporcional á população dos estados. Alguns estados como a Califórnia são tradicionalmente a favor do Partido Democrático.
Outros como o Texas tendem a votar pelo Partido Republicano.
Esses estados não jogam um papel central nas campanhas dos candidatos que à partida podem contar com vitórias nesses locais.
São estados que podem ir para um ou outro candidato que vão decidir estas eleições. E são os eleitores independentes nesses estados que terão importância vital.
Nos próximos meses não será portanto de admirar se Barack Obama e Mitt Romney concentrarem as suas campanas em nove estados, nomeadamente Colorado, Florida, Iowa, Nevada, New Hampshire, Ohio ,Pensilvânia, Virgínia e Wisconsin.
É nesses estados que os eleitores independentes deverão decidir quem será o próximo presidente dos Estados Unidos