Rebeldes recrutam crianças para combater
A organização de direitos humanos Human Rights Watch disse que um general rebelde na República Democrática do Congo, Bosco Ntaganda, está a recrutar á força crianças para ao ajudarem na sua revolta no noroeste da República Democrática do Congo.
O general Bosco Ntaganda já era anteriormente procurado pelo Tribunal Penal Internacional por usar crianças soldado há uma década atrás.
Um novo relatório da Human Rights Watch diz que pelo menos 149 rapazes e jovens de idades entre os 12 e 20 anos foram recrutados á força para lutarem ao lado de soldados leais a Bosco Ntaganda.
O relatório diz que pelo menos sete deles morreram em combate.
A investigadora Anneke van Woudenberg disse que grande parte do recrutamento forçado tem sido levado a cabo em escolas.
“Num caso específico, numa escola com o nome de Instituto Mapendano soldado amotinados de Bosco chegaram á tarde por volta das duas horas quando as crianças estavam a terminar as suas lições, capturaram trinta e duas crianças que foram amarradas e depois levadas á força para um campo militar onde lhes foram dados uniformes,” disse ela.
“ Receberam um dia de treino e foram enviados para as linhas da frente para combate o exército congolês,” acrescentou
A Human Rights Watch disse que o recrutamento forçado tem ocorrido em Misisi na província do Kivu Norte, uma zona que até à pouco tempo estava sob controlo de soldados leais da Ntaganda.
O antigo líder rebeldes e os seus soldados foram integrados no exército congolês em 2009 como parte de um acordo de paz para pôr termo a anos de luta na zona.
Mas indícios de que o governo congolês estava prestes a prender Ntaganda devido a um mandato do Tribunal Penal Internacional levou-o a amotinar se com centenas de soldados.
Van Wouunderberg da Human Rights Watch faz notar que essa acusação do tribunal penal versa também o recrutamento crianças soldado há vários atrás quando o general omandava forças rebeldes e antes de ser integrado no exército
O procurador chefe do tribunal Penal Internacional Luis Moreno Ocampo disse que quer expandir o mandato de captura contra Ntaganda para incluir crimes contra a humanidade e crimes de guerra, incluindo assassinato e violação sexual.