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Luanda: Governo quer comprar lixo


Luanda quer que cidadãos recolham o lixo para o vender ao governo
Luanda quer que cidadãos recolham o lixo para o vender ao governo

Autoridades esperam que a compra de lixo tire pessoas do desemprego

Luanda quer comprar lixo

O governo de Luanda vai lançar um projecto de limpeza pelo qual os cidadãos serão pagos pelo lixo que recolherem e entregarem às autoridades.

A recolha do lixo assim como o seu processo de tratamento continuam a colocar enormes desafios as equipas administrativas de Luanda, principalmente nas zonas peri-urbanas.

Aliás vencer o lixo foi desde o passado, bandeira de realização dos diversos governadores nomeados.

A importância da limpeza da cidade tem expressão monetária e reflecte-se no Orçamento Geral do Estado. Mil milhões e setecentos e catorze milhões de dólares americanos é quanto recebe Luanda por ano. Ou seja 4% do OGE-Orçamento Geral do Estado. Deste valor, mais de trinta e dois porcento é dedicado a Protecção Ambiental, rubrica do Orçamento dentro da qual se julga caber o processo de gestão dos resíduos.

Deste investimento, quando se olha para a parte de Luanda metropolitana, as autoridades parecem manter o controlo da situação, graças também a uma especial atenção que prestam, implicando para o efeito, grande concentração em meios e homens nas ruas.

O grande desafio porém, continuam a ser as áreas peri-urbanas, devido por um lado as dificuldades enfrentadas pelos operadores em chegar aos pontos críticos.

Ressaltando a importância prestada a limpeza da cidade, Bento Bento governador de Luanda anunciou que passaria a comprar lixo dos cidadãos. É desejo do Executivo dar oportunidade de participação no negócio.

“O lixo passará a ser também um negócio para o povo e para a juventude, pois poderão passar a recolher o lixo e vender directamente ao Governo” disse.


O plano segundo o governante é uma iniciativa do presidente José Eduardo dos Santos, “com objectivo de tirar milhares de famílias da pobreza”.

António Lúcio Martins coordena a Comissão de Gestão da Elisal- empresa pública de limpeza mostrou-se optimista quanto a implementação prática da iniciativa.

Alguns cidadãos contactados pela Voz da América mostraram-se optimistas quanto ao programa afirmando que poderá retirar pessoas do desemprego.

Sérgio Kalundungo disse no netanto que a problemática do lixo em Luanda é uma questão que devia ser encarada numa perspectiva de cidadania.

O governo provincial de Luanda mandatou a Comissão de Gestão renegociar os contractos das operadoras de limpeza. A decisão sugere preocupação com o peso deste item na despesa pública.

Para Sérgio Kalundungo, mais importante do que esta revisão seria diagnosticar onde se tem falhado.

O executivo, disse ele, não deu "mostrar de ter compreendido "onde falhou previamente", acrescentando que devia haver tambem "muito"investimento na educação da spessoas sobre a necessidade de limpeza.

"A cidade estará limpa quando nós os cidadãos sujarmos menos e não quando contratarmos mais pessoas para limpar," disse




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