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Guiné-Bissau: Militares cedem a exigências da CEDEAO


Cimeira da CEDEAO em Abidjan
Cimeira da CEDEAO em Abidjan

Os líderes golpistas parecem aceitar envio de força de manutenção da paz desde que garanta saída de militares angolanos.

Os líderes golpistas da Guiné-Bissau parecem dispostos a aceitar as decisões da cimeira de chefes de estado da CEDEAO prevendo o envio de uma força de manutenção da paz para o país.

A junta militar guineense convocou uma conferência de imprensa na sequência do ultimato que lhe foi feito ontem pela cimeira da CEDEAO reunida em Abidjan.

Os militares deram a entender que não viam objecções à declaração dos chefes de estado da região desde que a força de 600 homens da CEDEAO, que deverá ser enviada para o país, garanta a retirada da missão angolana de apoio ao sector da segurança, MISSANG, e a segurança dos titulares dos órgãos e instituições públicas.

A conferência realizou-se na sequência de uma reunião em Bissau entre responsáveis militares da CEDEAO e os líderes golpistas.

De salientar que o chefe do estado-maior general das forcas armadas guineenses, António Indjai, participou na reunião tratando-se da primeira-vez que apareceu em público depois do golpe militar do dia 12 de Abril.

A CEDEAO quer, para além da reposição da ordem constitucional, a libertação do presidente interino Raimundo Pereira e do primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior.

A CEDEAO vai entretanto enviar amanhã a Bissau mais uma comissão técnica civil que vai debater com as partes envolvidas no processo o novo quadro para a instituição de um período de transição de um ano, a formação do novo governo,e a definição das prioridades deste governo para os 12 meses do seu mandato.

Entre essas prioridades ,a realização de eleições presidenciais e legislativas, a reforma das forças armadas e de segurança, a promoção da justiça e o combate ao tráfico de droga.


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