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Angola diz que não haverá autoridades de transição em Bissau


Georges Chikoti, ministro das Relações Exteriores de Angola
Georges Chikoti, ministro das Relações Exteriores de Angola

Ministro das Relações Exteriores de Angola assume-se como o senhor da situação em Bissau e detalha os próximos passos de saída da crise

O ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chikoti, disse que dentro de uma semana pode estar aprovada uma resolução do Conselho de Segurança, dando cobertura a um mandato da ONU a uma "força de interposição" multinacional "para a estabilização" da Guiné-Bissau.

Perante os 15 membros do Conselho de Segurança, Chikoti corroborou as declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, o qual não só pediu como "implorou" o envio de uma força multinacional com "um vasto mandato e por um período dilatado", uma proposta reforçada igualmente por Portugal.

Chickoti afirmou que não haverá haverá "autoridades transicionais, como nos estão a dizer agora" salientando que existe um Governo cujos membros estão presos e que essas pessoas é que vão continuar a governar a Guiné-Bissau, sendo com elas que que a comunidade internacional vai trabalhar.

O governante angolano acusou directamente as chefias militares guineenses e nomeadamente o chefe de Estado Maior, António Indjai, pelo golpe, mas também considerou haver responsabilidades de Kumba Yalá e o seu partido PRS na oposição.

O ministro Georges Chikoti calcula que no prazo de uma semana poderá ser aprovada pela ONU a força multinacional que deverá seguir para Bissau.

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