O governo de Cartum desencadeou uma ofensiva diplomática destinada a pressionar o Sudão do Sul a retirar de uma localidade petrolífera estratégica que ocupou este mês.
O presidente Bashir afirmou a um grupo de apoiantes que o principal objectivo é o de derrubar o partido no poder no Sudão do Sul, o SPLM.
Num comício efectuado em Cartum o líder sudanês pareceu sugerir que a guerra é inevitável, sublinhando existirem a penas duas hipóteses – “uma ida até Juba, a capital do Sudão do Sul, ou que eles acabem por chegar a Cartum”.
Um conselheiro do presidente Bashir, Mustafa Osman, avistou-se em Addis Ababa com dirigentes da União Africana e da Etiópia que tem estado há meses a tentar encontrar uma solução diplomática que possa evitar uma guerra.
“Vamos continuar a tentar caminhar contra o tempo para pressionarmos o Sudão do Sul a retirar pacificamente por que a pressão pública está a aumentar, insistindo em que deve ser feita uma retirada imediata de Heglig”.
O Conselho de Segurança da ONU discutiu a possibilidade de sanções contra o Sudão e o Sudão do Sul numa tentativa de impedir a eclosão de uma guerra.
Osman indicou que as sanções devem ser dirigidas primariamente contra o Sudão do Sul pela invasão de um território que é internacionalmente reconhecido como sendo parte do Sudão.
O Conselho de Segurança da ONU tem criticado as duas nações – o Sudão do Sul pelo ataque contra Heglig, e o Sudão pelos ataques aéreos contra instalações no Sudão do Sul.
Os confrontos são já considerados como sendo os mais graves desde a última guerra civil sudanesa que durou de 1983 a 2005 e que causou a morte a cerca de dois milhões de pessoas.