O Movimento Democrático de Moçambique, MDM, acusou o governo de ter usado da intimidação generalizada para vencer as eleições municipais intercalares na cidade de Inhambane.
“Quem venceu estas eleições foi a polícia,” disse o porta-voz do MDM, José Manuel de Sousa acrescentando que 53 membros e simpatizantes do seu movimento haviam sido presos.
“Houve blindados nas ruas em Inhambane num processo eleitoral. Para quê?,” interrogou o porta voz que disse ter havido intimidação pelo que “as pessoas naturalmente não foram às mesas de votação”.
O candidato do partido no poder, Benedito Guimino, foi o vencedor das eleições intercalares na cidade de Inhambane. Os resultados oficiais indicam que Guimino obteve 78,5 por cento dos votos. Mas a abstenção rondou os 70%, algo de bastante elevado mesmo tendo em conta que a percentagem de votantes tende a caír neste tipo de eleições.
O jornalista Carlos Salvador, baseado em Inhambane, disse á Voz da America, que a vitória expressiva da Frelimo não era previsível devido ao descontentamento que existia na cidade com a falta de progressos na construção de infraestruturas.
Acrescentou contudo que no período que antecedeu as eleições a Frelimo “redobrou esforços para reconquistar o eleitorado”.
Assim houve obras de electrificação, expansão da rede de água e ainda a promessa de consutrção e alargamento de estradas e ruas.
Para Salvador a abstenção deveu-se em parte ao sucesso dessas obras que convenceram o eleitorado em aguardar até ás eleições do proximo ano para vêr se o novo presidente da Cãmara de Inhambane cumpre o que prometeu.
A derrota do MDM nas eleições de Inhambane seguem-se ás suas vitórias nas municipalidades da Beira e Quelimane.
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Candidato da Frelimo vence por esmagadora maioria eleições municipais,