Duas proeminentes figuras políticas angolanas reconheceram estar envolvidas numa ligação com a companhia de petróleos Cobalt que está a ser investigada nos Estados Unidos por possivel violação das leis anti corrupção.
Em cartas enviadas ao jornal britânico Financial Times, o ministro de estado para a coordenação económica Manuel Vicente e o general Kopelipa da Casa Militar na presidência confirmaram ser accionistas na companhia Nazaki.
Nazaki é associada da companhia Cobalt que está a ser investigada pelo governo americano por possível suborno de entidades oficiais angolanas.
Aquelas personalidades e ainda a Cobalt são também alvo de uma queixa crime junto das autoridades judiciais angolanas por alegada corrupção. A queixa foi apresentada pelo activista Rafael Marques
Os signatarios da carta ao Financial Times negaram qualquer envolvimento em acções de tráfico de influencia para obterem vantagens ilícitas como accionistas na companhia.
A carta de Vicente e do general Kopelipa ao Financial Times segue-se á publicação por parte deste jornal de duas reportagens sobre o envolvimento dessas figuras e ainda do general Leopoldino Fragoso do Nascimento na Nazaki que, associada da Cobalt, ganhou o direito á exploração de petróleo em águas angolanas.
O investimento na Nazaki teria sido feita através de uma outra companhia a Aquattro Internacional controlada por aquelas personalidades.
A Cobalt diz que nunca soube do envolvimento de figuras politicas angolanas na Nazaki algo que Rafael Marques diz não ser verdade.
Os escritorios da Nazaki em Luanda são no mesmo edifício dos escritórios da Cobalt, disse Rafael Marques que numa entrevista à Voz da América fez notar que a Nazaki era uma companhia que “só existia no papel” antes de se associar à Cobalt.
“Como é que se entra em acordo com uma companhia que nada tem para se explorar petroleo em Angola?” interrogou Marques .
“Com quem é que a Cobalt negociou? A isso não há resposta,” acrescentou.
Marques fez notar que a companhia de petróleos angolana Sonangol é ela própria investidora na Cobalt pelo que é óbvio que a Cobalt se associou á Nazaki por indicação de Manuel Vicente.
Interrogado sobre se já tinha sido contactado pelas autoridades americanas a investigarem possíveis actos de corrupção contra a Cobalt, Rafael Marques recusou-se a comentar.
Marques disse também não ter ouvido ainda qualquer reacção por parte das autoridades judiciais angolanas às queixas que apresentou contra aquelas três figuras angolanas.
“Mas vou continuar a insistir,” acrescentou
Ambos são accionistas da Nazaki associada da Cobalt que poderá ter obitdo acordo petrolífero por tráfico de influências