Na Nigéria, uma onda de tumultos alastrou-se pela região norte do país depois das eleições presidenciais em que o presidente cessante Goodluck Jonathan terá sido reeleito.
Apoiantes da oposição queixam-se de fraude eleitoral e incendiaram casas e pneus e lançaram pedras contra a polícia contestando os resultados.
Muitos eleitores no norte maioritariamente muçulmano apoiaram o candidato Muhammadu Buhari, um muçulmano e antigo militar. O presidente Goodluck Jonathan dominou a região do sul maioritariamente católica.
Os tumultos tiveram o início no estado nortenho de Kaduna, onde foi imposto um recolher obrigatório de 24 horas. As autoridades registaram escaramuças na cidade de Kaduna e Zaria, onde houve confrontos entre os revoltosos e a polícia, e incêndios de casas.
Na cidade do Estado de Kano as forças de segurança dispararam para o ar numa tentativa de conter os jovens que saíram a rua lançando pedras e cantando slogans em apoio a Buhari.
Membros do governo e dos serviços de segurança reuniram-se hoje em Abuja, a capital, para debater os tumultos pós-eleitorais.
O presidente Goodluck Jonathan venceu os escrutínios na maioria dos 36 Estados. As contagens foram entretanto suspensas em 5 Estados. Responsáveis da Comissão de eleições disseram que o presidente Jonathan tem bases para evitar uma segunda volta. De acordo com a lei o candidato vencedor necessita apenas de uma maioria simples e de pelo menos um quarto dos votos em 24 Estados.
Observadores disseram que a votação de Sábado decorreu de forma pacífica e com poucos actos de fraude.
O candidato Buhari disse que não vai contestar os resultados das eleições.