O Sudão do Sul disse que aviões do Sudão bombardearam várias áreas perto da volátil fronteira entre os dois países, matando cinco pessoas.
As forças armadas sul-sudanesas disseram que aviões sudaneses levaram a cabo uma série de ataques no domingo na Estado de Unity, tendo morrido cinco civis e ficado feridas noves outras no Condado de Mayom, incluindo uma queniana que trabalhava como professora na área.
O Sudão do Sul acusou também a Força Aérea Sudanesa de bombardear uma instalação petrolífera na cidade de Heglig, que os sul-sudaneses apresaram ao Sudão na semana passada. Cartum nega a acusação e disse que eventuais danos na área foram infligidos por tropas sul-sudanesas.
As instalações petrolíferas de Heglig produzem cerca de metade do petróleo do Sudão. A produção foi drasticamente cortada no ano passado quando o recém-independente Sudão do Sul passou a controlar cerca de três quartos da anterior produção petrolífera do Sudão.
A agência “France Press” informou que uma base de “capacetes azuis” da ONU em Mayom foi também bombardeada, mas um porta-voz das Nações Unidas informou não ter havido vítimas.
Os frequentes confrontos entre os dois Sudãos levantam receios da eclosão de uma guerra total entre os dois países, menos de um ano depois do sul se ter tornado num país independente.
A União Africana apelou aos presidentes Omar al-Bashir e Salva Kiir para se entenderem e disse que os dois países são responsáveis por um nível perigoso de tensões.