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Guiné-Bissau: Militares dissolvem Parlamento e encerram rádios privadas


Golpistas querem nomeações de primeiro-ministro e de presidente interinos que liderarão o país nos tempos mais próximos.

Bissau: Militares dissolvem Parlamento e encerram rádios

Na Guiné-Bissau, os líderes militares anunciaram a dissolução do parlamento assumindo assim o golpe de estado da semana passada.

Está entretanto a decorrer no Clube das Forças Armadas em Bissau uma reunião entre as chefias militares e representantes dos partidos políticos e dos candidatos às eleições presidenciais antecipadas na sequência do golpe.

Na mesa uma proposta para o início de um período de transição de 1 a 2 anos até à reposição das instituições democráticas no país.

Os militares guineenses querem proceder às nomeações de um primeiro-ministro e de um presidente interinos que liderarão o país nos tempos mais próximos.

Por outro lado, contrariamente aquilo que haviam prometido, os golpistas decidiram encerrar todas as estações de rádio privadas da Guiné-Bissau.

A situação mantem-se entretanto muito tensa na capital onde domingo as forças militares recorreram à força para dispersar uma manifestação de jovens em repúdio pelo golpe de estado.

Os incidentes causaram um ferido que foi hospitalizado em estado grave.

Enquanto isso, Ban Ki-moon, o secretário-geral das Nações Unidas, condenou o golpe de estado na Guiné-Bissau, já depois de o Conselho de Segurança ter exigido a libertação dos líderes políticos cativos dos militares e o retorno do país à ordem constitucional.

As movimentações diplomáticas conheceram também mais um capítulo com uma reunião ministerial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa em Lisboa, presidida pelo ministro angolano das Relações Exteriores.

Confrontado com as acusações de ingerência apontadas a Luanda pelos golpistas, Georges Chicoti negou na ocasião a existência de tais planos.

Os acontecimentos militares na Guiné-Bissau, que antecederam o início da campanha eleitoral das presidenciais de 29 de Abril, mereceram a condenação da União Africana, da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental e de vários países, incluindo Portugal e os Estados Unidos.

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