Chove torrencialmente desde o fim-se-semana no distrito de Gorongosa, província de Sofala, centro de Moçambique.
Os camponeses esfregam as mãos de alegria e acreditam que a segunda época agrária poderá registar sucessos, depois de bolsas da seca que destruiu diversas culturas no distrito considerado celeiro da província de Sofala, deixando 5.688 camponeses sem comida.
Segundo Inácio Siyawadya, diretor dos Serviços Distritais de Atividades Económicas de Gorongosa, 7.510 hectares de culturas diversas secaram devido ao excesso de sol nas regiões da Casa Banana, Pungue, Cudzo, Muera e Tsiquire.
As autoridades da agricultura na província de Sofala estimam que mais de 101.419 hectares de culturas diversas, sobretudo arroz, milho, mapira e feijões, são dados como perdidos na campanha agrária em curso, na sequência de falta de chuva e excesso de sol, afetando 93.325 famílias, o que corresponde a 35 por cento das famílias camponesas a nível da província.
Mas Inácio Siyawadya disse à agência noticiosa Lusa que não há situação de insegurança alimentar porque as metas de produção nesta campanha agrária da primeira época são razoáveis.
Agora, a chuva está a cair em quase toda a província de Sofala. No último fim-de-semana, a queda da chuva provocou o adiamento de um jogo de futebol na cidade da Beira.
A chuva em Gorongosa chegou numa altura em que as autoridades governamentais locais estavam mesmo a distribuir sementes de milho, feijão e hortícolas aos camponeses afetados por bolsas da seca para minimizar as perdas na segunda época da campanha agrária, a ser lançada este mês de Abril.
O Instituto Nacional de Meteorologia anunciou que a chuva abrange quase todas as províncias do Sul e Centro do País.
A Voz da América pode confirmar ter recebido informação sobre a ocorrência de chuvas nas províncias de Maputo, Gaza, Inhambane, Sofala e Zambézia, desde Sexta-feira da semana passada.
Entretanto, a época chuvosa está quase no fim, sendo que o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades Naturais já levantou o alerta laranja decretado em Fevereiro último para lidar com calamidades provocadas por chuvas e ou ciclones no País.
