As zimbabueanos estão habituados a cortes da energia eléctrica, muitas vezes se prolongam por vários dias. Após a estrutura geradora de electricidade ter fracassado, o Zimbabué virou-se para a importação para acorrer às necessidades.
Os dirigentes zimbabueanos são em grande medida parte do problema – não apenas em termo político, mas por não pagarem as respectivas contas de electricidade.
Os clientes faltosos devem à empresa de distribuição ZESA cerca de 500 milhões de dólares.
Segundo as contas conhecidas o presidente Robert Mugabe e vários membros do gabinete são responsáveis por uma grande fatia daquele valor.
O presidente e a família devem à ZESA mais de 345 mil dólares de contas de electricidade.
De acordo com o director de Informação do partido de Mugabe, a ZANU PF, o presidente e os seus aliados têm razões para não pagarem as contas de electricidade das unidades agrícolas.
Aquela fonte indicou que a falta de pagamento se deve aos efeitos das sanções económicas, e não indicou quando os dirigentes podem vir a pagar as contas da electricidade.
Desde a publicação dos documentos, os zimbabueanos manifestam desapontados pois são eles que sofrem o resultado da ZESA não importar o volume adequado de energia eléctrica resultando em frequentes cortes.
Por vezes, e na maioria dos casos – mesmo com a conta paga – o zimbabueano pode passar horas ou dias sem electricidade.
Muitas pessoas viram-se para o combustível diesel – escasso e dispendioso – para os geradores.
As empresas geradoras de energia da região tem cortado os fornecimentos ao Zimbabué, aumentando o numero de horas que os zimbabueanos tem de sofrer sem energia.
A ZESA debate-se para compensar a divida de centenas de milhões de dólares.
O primeiro-ministro Morgan Tsvangirai – que apenas recentemente pagou a divida da electricidade – afirmou no parlamento que as autoridades que devem à ZESA devem honrar os seus compromissos ou o país poderá esperar uma situação pior