Apesar da recente transição política no Iémen, analistas dizem que grupos de militantes relacionados com a al-Qaida estão a colocar uma grande ameaça ao governo. O contínuo caos no Iémen, afirmam analistas, está a aumentar o perigo de ataques da al-Qaida contra alvos ocidentais.
Um vídeo obtido de militantes ligados à al-Qaida no Iémen mostra rampas de mísseis, armas automáticas, munições de grande calibre e veículos com metralhadoras pesadas.
Todo esse material, dizem, foi capturado ao exército iemenita em Março durante um assalto que matou mais de 100 soldados.
Militares americanos tem ajudado a treinar tropas iemenitas a combater terroristas que são membros da al-Qaida na Península Arábica.
Mas analistas afirmam que as tropas do Iémen enfrentam uma insurreição cada vez mais crescente, especialmente na parte sul do país. Eis o que diz Katherine Zimmerman, do American Enterprise Institute:
“O receio é de que isso tenha um efeito desmoralizador nas tropas, especialmente se eles sentirem que o esforço militar não está centrado à volta da luta contra a al-Qaida, mas sim à volta do drama político que está a acontecer na capital, Sana.”
O Iémen vive num caos desde o ano passado, quando manifestações anti-governamentais forçaram o presidente autocrático de longa data Ali Abdullah Saleh a resignar.
O seu vice-presidente, Abed Mansour Hadi, assumiu as funções de presidente em Fevereiro e prometeu continuar a batalha contra os terroristas.
Na província meridional de Abyan, milhares de pessoas fugiram dos combates acampando na cidade portuário de Aden, onde ruas sujas e lojas fechadas são sinais de uma economia estropiada.
Nos últimos anos, o grupo da al-Qaida baseado no Iémen colocou com sucesso bombas em três aviões destinados aos Estados Unidos.
Analistas dizem que quanto maior for o sucesso que os militantes tenham no Iémen, mais perigosos serão para o Ocidente.