Os professores do Centro de Formação Profissional de Construção Civil de Benguela, entraram hoje em greve para exigirem o pagamento de oito meses de salário em atraso.
Os funcionários daquela instituição querem também a inscrição do quadro de pessoal, no ministério de Urbanismo e Construção por interposição de contrato por tempo indeterminado e reivindicam o pagamento de subsídios de férias do ano de 2010.
Uma fonte do Ministério de Urbanismo e Construção disse a Voz da América que, os problemas levantados em Benguela abrangem outras três províncias onde foram instalados aqueles centros, nomeadamente, Huambo, Luanda e Malange.
Eduardo Paulo é o delegado de greve, acusa as autoridades angolanas de estarem a agir de má fé: “ são meses sem salários, sem subsídios de férias, sem o décimo terceiro mês de 2010, enfim… são pessoas que têm famílias, são jovens que pretendem investir no seu futuro, têm faculdade por pagar e outras preocupações.”
Refira-se que, em Angola existem quatro Centros de Formação Profissional de Construção Civil criados há sensivelmente quatro anos.É uma instituição pública vocacionada para a formação profissional nas áreas de construção civil e industria.
Trata-se dum projecto avaliado em cerca de 90 milhões de dólares americanos, conforme explica a Voz da América, Honorato Tenet é um dos formadores do Centro de Benguela: “ se o governo chegou a construir esse centro a pensar na formação técnico-profissional dos angolanos porque que não paga os funcionários?” questionou Honorato Tenet.
Joana Batista é funcionária administrativa daquela instituição que relevou a VOA que, para este ano lectivos foram inscritos quatrocentos jovens dos quais 310 já estão matriculados:“ Este centro tem ajudado muitos alunos. Nós mandamos os alunos a fazerem o teste numa empresa, depois da formação e se ele sair bem fica a trabalhar naquela empresa. Isso é uma mais-valia.”
Uma fonte do Ministério do Urbanismo e Construção informou a VOA que, foi criada hoje uma delegação ministerial que deverá deslocar-se a Benguela na próxima quarta-feira, para negociar com funcionários do Centro que dizem que não voltarão a trabalhar se não forem cumpridas as suas exigências.
Os professores do Centro de Formação Profissional de Construção Civil de Benguela entraram hoje em greve exigindo salários em atraso