O governo angolano poderá encerrar em Abril próximo o todo-poderoso Gabinete de Reconstrução Nacional,GRN.
Trata-se de um organismo dependendo directamente da presidência da república criado por José Eduardo dos Santos para fazer face ao gigantesco esforço de reconstrução do país depois de uma guerra civil que durou mais de 30 anos.
Para gerir o GRN,o presidente angolano escolheu o seu braço direito, Helder Vieira Dias, ministro de estado e chefe da casa civil da presidência.
José Eduardo dos Santos manteve assim um controlo próximo e directo de todos os projectos de reconstrução.
Em Luanda, alguns analistas defendem ter chegado agora o momento do GRN devolver muitas das competências de vários ministérios governamentais que foram a si atribuídas e de esclarecer o país acerca da gestão dos fundos até agora utilisados.
Tal é a opinão, por exemplo, do jornalista e docente universitário Celso Malavulumeque e do editor de economia do "Novo Jornal", Miguel Gomes.
Segundo aqueles analistas, o encerramento do GRN deve ser antecedido de um esclarecimento sobre os custos de todo o programa de reconstrução nacional.
Essas operações estão a ser financiadas por uma linha de crédito do governo chinês que já terá ultrapassado os 15 mil milhões de dólares.
Numa conversa com o nosso colega Panguinho de Oliveira, os dois jornalistas falam das promessas governamentais da construção de um milhão de casas, dos negócios com os chineses e da necessidade de uma maior clareza das contas públicas angolanas.
O gabinete foi criado por José Eduardo dos Santos para fazer face ao gigantesco esforço de reconstrução