As empresas armadoras que se dedicam da pesca do camarão no chamado Banco de Sofala, no centro do país, alertam para a iminência do fim das suas actividades devido ao elevado custo de exploração.
Segundo os dados a que a Voz da América teve acesso, dos 25 operadores industriais licenciados para a pesca do camarão, apenas 12 estão neste momento no activo.
"Há muitas empresas que já fecharam as portas porque não aguentaram esta situação dos custos de combustíveis e se nada for feito, mesmo as grandes empresas, que são as que sobrevivem agora, poderão cair", disse à VOA, um membro da associação dos armadores.
Os restantes estão com actividades paralisadas devido aos elevados custos de exploração, com destaque para o preço do combustível, que representa 60% das despesas.
Nos últimos cinco anos operavam no Banco de Sofala 65 barcos para a captura do camarão, mas neste ano, apenas 45 embarcações se fazem ao mar.
Neste momento, os armadores lançam um grito de socorro ao governo, a quem pedem a retirada total da taxa dos combustíveis e de todos os impostos que recaem sobre a actividade pesqueira, nomeadamente, o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) e os Direitos Aduaneiros, por forma a continuarem com as suas actividades.
Esta solicitação já foi apresentada ao governo, de quem esperam decisões urgentes para evitar o que já chamam de iminência de colapso da actividade de pesca, como resultado, para além dos custos de operação, da baixa produtividade que se registando.