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Coreias num impasse sobre o caso dos pescadores de amêijoas


Coreias num impasse sobre o caso dos pescadores de amêijoas
Coreias num impasse sobre o caso dos pescadores de amêijoas

Um impasse continua entre as duas Coreias sobre o destino de 31 norte-coreanos cujo barco de pesca entrou em águas sul-coreanas no mês passado. A Coreia do Sul e o Comando das Nações Unidas disseram que quatro norte-coreanos querem ficar no Sul mas a Coreia do Norte insiste que todos devem regressar.

9 MAR 2011 - Um impasse continua entre as duas Coreias sobre o destino de 31 norte-coreanos cujo barco de pesca entrou em águas sul-coreanas no mês passado. A Coreia do Sul e o Comando das Nações Unidas disseram que quatro norte-coreanos querem ficar no Sul mas a Coreia do Norte insiste que todos devem regressar.

A Cruz Vermelha Sul-Coreana pediu hoje novamente a Coreia do Norte para aceitar 27 dos seus nacionais que querem regressar a casa.

O Norte recusa aceitar os 27, que estavam a bordo do barco de pesca que cruzou águas sul-coreanas. Pyongyang disse que primeiro Seul deve levar os quatro outros, que aparentemente pediram para ficar no Sul, à fronteira para encontros com os seus familiares do Norte.

A porta-voz do Ministério sul-coreano da Unificação, Lee Jong-joo, afirmou que Seul não pode concordar com isso e que Pyongyang deve aceitar os outros que querem regressar a casa.

Lee disse que a posição do governo sul-coreano é de que o repatriamento dos 27 norte-coreanos deve ser tratado com respeito pelas suas livres vontades e de um ponto de vista humanitário. Acrescentou que a Coreia do Sul continuará a trabalhar com o Norte para resolver imediatamente o assunto.

Kim Soo-am, um investigador do Instituto da Coreia para a Unificação Nacional, em Seul, uma instituição financiada pelo governo sul-coreano, afirmou não haver forma dos quatro norte-coreanos, que querem ficar no Sul, serem forçadamente repatriados, por causa da repressão política no Norte e de uma condenação certa que enfrentariam se regressassem.

Kim disse que mesmo que as duas Coreias aceitassem manter conversações patrocinadas pela Cruz Vermelha, não seria fácil resolver este problema. Isto porque, disse, o assunto está interligado com vários aspectos da situação política interna da Coreia do Norte e a luta de tracção entre Seul e Pyongyang.

A Coreia do Norte, em despachos da imprensa, advertiu para graves consequências se todos os 31 norte-coreanos não regressarem juntos. Diz que a detenção do grupo pela Coreia do Sul há mais de um mês é o que chamou de “desumana”.

A Coreia do Sul descreveu o grupo como um colectivo à pesca de amêijoas, cujo barco de madeira entrou a sul da disputada fronteira marítima no Mar Amarelo em princípios de Fevereiro.

Os quatro que não querem regressar à Coreia do Norte são descritos como o mestre do barco, de 38 anos, um desempregado, de 44 anos, uma estatística de 22 anos, e uma enfermeira de 21 anos.

Dezenas de milhar de norte-coreanos fugiram à fome e à repressão atravessando para a China nas últimas duas décadas e cerca de 20 mil fizeram-na para a Coreia do Sul.

No entanto, fugas pelo mar directamente para o Sul são raras.

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