Em Moçambique está a aumentar a tensão entre a Câmara Municipal de Maputo e os vendedores ambulantes que abundam pelas ruas da capital.
O governo local quer tirá-los de vários pontos da cidade mas os vendedores acham que essa medida os empurra para a miséria e estão a fazer finca-pé.
Em causa está uma ordem dada na semana finda pela edilidade liderada por David Simango que num prazo de 48 horas queria que os vendedores evacuassem completamente os locais onde exercem sua actividade.
Entretanto, os vendedores recusam-se a acatar as ordens municipais e justificam que o negócio da rua é a sua principal fonte de rendimento.
A ordem de evacuação, cujo prazo expirou na passada sexta-feira, é dirigida a todos os vendedores informais e proprietários de barracas localizadas em passeios, prédios de habitação, ou nas imediações de escolas e unidades sanitárias.
Para além dos que praticam o seu negócio na precaridade das ruas uma grande parte desenvolve as actividades em barracas, que estão na iminência de serem destruídos pela edilidade.
A generalidade dos visados reclama o facto de terem pago ao próprio município, valores que chegam até os 4 mil meticais para licenciamento das mesmas actividades que hoje não são desejadas.
Apesar das polémicas, a edilidade parece firme na sua decisão e ameaça iniciar, muito brevemente, com a demolição das barracas uma atitude que os visados consideram de medida premeditada para “submetê-los à pobreza e a fome”.
Ouça a reportagem do William Mapote.
O governo local quer tirá-los de vários pontos da cidade mas os vendedores acham que essa medida os empurra para a miséria e estão a fazer finca-pé.