O Conselho de Segurança da ONU reúne-se em Nova Iorque para considerar acção contra o governo de Muammar Khadafi na Líbia.
Uma proposta de resolução prevê um embargo de armas, proibição de viagem e o congelamento de bens pelas medidas adoptadas para pôr fim à sangrenta repressão das manifestações.
Adianta ainda que os relatos de violência que chegam da Líbia poderão equivaler a crimes contra a humanidade, sugerindo que o caso seja entregue ao Tribunal Penal Internacional.
A proposta de resolução foi apresentada pela Inglaterra, a França, a Alemanha e os Estados Unidos.
O centro da capital líbia está sob vigilância apertada das forças leais ao coronel Muammar Khadafi – apoiantes civis armados e camiões em patrulhas das ruas juntam-se às milícias e unidades militares que lhe permanecem leais.
Residentes da capital (com dois milhões de habitantes, entre os 6,5 milhões da população total do país), contam às agências noticiosas que foram ouvidos tiros durante a noite e a electricidade foi cortada em várias zonas da cidade.
Por toda a parte são vistos postos de controlo e camiões com civis pró-Khadafi, armados com espingardas.
Nos 12 dias de convulsões, a estimativa de vítimas mortais é já superior a mais de mil pessoas, incluindo as batalhas abertas entre as duas facções e os alegados bombardeamentos ordenados por Khadafi sobre as cidades revoltosas.
As autoridades de Trípoli não reconhecem porém mais do que cerca de 300 mortos.
Na região ocidental do país e muitas cidades orientais da Líbia, o movimento de revolta consolida a conquista de terreno e mantém a determinação de avançar sobre a capital – contando agora, de resto, com muitas unidades militares que abandonaram o regime de Khadaffi