O presidente da Universidade de Yale, Richard Levin, denunciou a vigilância, pela Polícia de Nova Iorque, de estudantes islâmicos na sua universidade e em pelo menos 15 outras universidades no nordeste dos Estados Unidos. O presidente da Câmara de Nova Iorque, Michael Bloomberg, defende a acção.
Richard Levin disse que a vigilância policial baseada na religião, nacionalidade ou crença pessoal de um indivíduo é antiética para os valores da universidade e da comunidade académica em geral.
O presidente da Câmara de Nova Iorque, Michael Bloomberg, defendeu a acção de monitorização da polícia da sua cidade de principalmente actividades de estudantes muçulmanos em universidades em vários estados – Nova Iorque, Nova Jérsia, Connecticut e Pensilvânia. Bloomberg afirmou que a actividade antiterrorista defende a própria Universidade de Yale.
“A liberdade de Yale de fazer investigação, ensinar, dar às pessoas um lugar para dizerem o que querem dizer é protegida pela execução da lei através deste país que trabalha muito arduamente para garantir que estejamos seguros. E os terroristas querem-se aproveitar dos muitos valores que Yale possui, para seu proveito próprio, e queremos garantir que isso não aconteça", disse Bloomberg.
A controvérsia sobre a vigilância é um assunto crítico para os muçulmanos da Cidade de Nova Iorque. O Imã Al-Hajj Talib Abdur-Rashid, presidente do Conselho Superior Islâmico de Nova Iorque, afirmou que o Departamento de Polícia de Nova Iorque penetrou profundamente no seio da comunidade muçulmana.
“Eles estão a vigiar a comunidade muçulmana desde cima até baixo e lado a lado, sem qualquer mandado, não apenas ouvindo e infiltrando-se em mesquitas mas também em escolas primárias – escolas paroquiais muçulmanas onde as nossas crianças estão, clubes escolares e locais de reuniões sociais. O tamanho desta vigilância não tem precedentes.”
Uma questão a ser provavelmente levantada é o direito do Departamento de Polícia de Nova Iorque de fazer vigilância fora da cidade.