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Indonésia: Começou julgamento de suspeito em atentados de Bali


Indonésia: Começou julgamento de suspeito em atentados de Bali
Indonésia: Começou julgamento de suspeito em atentados de Bali

Umar Patek é acusado de ter fabricado as bombas que destruiram dois clubes nocturnos matando 202 pessoas.

Na Indonésia começou já o julgamento do militante islâmico suspeito de envolvimento nos atentados bombistas de 2002 na Ilha de Bali.

A acusação afirma que Umar Patek, que pertenceu alegadamente à organização Jemaah Islamiyah com ligações à al Kaida, ajudou a fabricar as bombas que destruíram dois clubes nocturnos em Bali em 2002 matando 202 pessoas. É igualmente acusado de ter arranjado os explosivos usados numa série de atentados contra igrejas na véspera de Natal do ano 2000.

Patek é acusado de assassinato premeditado nos atentados de Bali, de posse de armas de fogo para levar a cabo actos de terrorismo e de esconder informações sobre outras actividades terroristas. Três das acusações são passíveis da pena de morte.

Sidney Jones um analista do International Crisis Group, afirma que o elevado número de acusações reflecte a vontade da acusação de apresentar um caso mais sólido do que em anteriores julgamentos de terrorismo: “ Eles colocaram os atentados bombistas de Bali no âmbito do código criminal, a importação de armas sob a lei de emergência de 1951 e sob a lei de actos terroristas. É um conjunto pouco habitual de acusações que se traduzirão numa pesada sentença se for considerado culpado.”
Patek é um dos últimos suspeitos dos atentados de Bali. Três outros responsáveis foram executados em Novembro de 2008.

A sua detenção há um ano atrás em Abbottabad no Paquistão, a mesma cidade onde forças especiais americanas mataram Osama Bin Laden, teria fornecido importantes informações acerca dos vínculos entre a al Kaida e as suas filiais no sudeste asiático.

O ministro da defesa indonésio afirmou no ano passado que Patek se tinha deslocado aquela cidade para se encontrar com Bin Laden. Contudo entidades oficiais americanas e paquistanesas afirmaram que se tratou de mera coincidência.

De acordo com o International Crisis Group, a ameaça terrorista na indonésia passou de grandes campanhas para atacar estrangeiros a acções de pequenos grupos empenhados em atacarem entidades oficiais indonésias.

Este julgamento, dizem os analistas, poderá servir para revelar as ligações existentes entre os grupos extremistas islâmicos no sul e no sudeste da Ásia.
Pouco depois dos atentados de Bali, Patek fugiu para as Filipinas onde se juntou à Frente Islâmica de Libertação Moro e ao grupo Abu Sayyaf.

Regressou depois em 2009 à Indonésia acompanhado da sua mulher filipina antes de se deslocar ao Paquistão sob falsa identidade.
Durante a sua estadia na Indonésia esteve também alegadamente envolvido no treino e no fornecimento de armas num campo de militantes islâmicos em Aceh.

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