Em Moçambique, as autoridades de Tambara, em Manica no centro do país, iniciaram a "retirada compulsiva da população", que continua renitente em deixar as zonas ribeirinhas face às descargas da Hidroeléctrica da Cahora Bassa.
A medida resulta da recusa por parte de algumas famílias em aceitar os apelos de retirada que estão a ser lançados pelas autoridades governamentais, alegadamente, receando abandonar os seus bens e actividades de sobrevivência, nomeadamente, a pesca e agricultura.
O administrador do distrito de Tambara, Gilberto Canheze, disse à Agência Lusa que a retirada compulsiva em curso "é para evitar perdas humanas" resultante da subida do caudal do rio Zambeze, o maior curso de água que desagua em Moçambique.
Dados revelados à Lusa indicam que nesta terça-feira já haviam sido evacuadas pelo menos 10 pessoas que estavam escondidas nas ilhas a praticar agricultura e pesca.
As autoridades esperam evacuar compulsivamente mais pessoas que continuam, alegadamente, escondidas, tendo para o efeito, lançado equipas de busca para evacuar toda a população das zonas consideradas propensas.
Refira-se que como resultado das cheias que estão a afectar as regiões centro e sul do país, as autoridades nacionais já contabilizam 32 mortos e dezenas de milhares de desalojados.
Iniciada retirada compulsiva da população que continua renitente em deixar as zonas ribeirinhas face às descargas de Cabora Bassa.