O Maláui, a Zâmbia e o Vietname vão participar num novo projecto de transição para a agricultura inteligente. O objectivo é ajudar os agricultores a adaptarem-se à mudança climática, e ao mesmo tempo controlar as emissões de carbono.
A União Europeia e a FAO financiam a iniciativa com quase sete milhões de dólares.
Wendy Mann é o especialista da FAO do projecto denominado “Agricultura Inteligente – Entre a Mitigação, a Adaptação e a Segurança Alimentar”.
“A agricultura inteligente define-se como crescimento dos rendimentos agrícolas e da produtividade para apoio da segurança alimentar e a redução da pobreza. Para tal necessitamos de incluir a adaptação necessária às mudanças climáticas, mas tentando ao mesmo mitigar os possíveis benefícios.”
A FAO considera que a Zâmbia e o Maláui são países em desenvolvimento de baixo rendimento. No entanto já utilizam políticas de adaptação climática que dependem muito da agricultura.
Mann refere que o Vietname tem razões diferentes para participar no projecto.
“O Vietname deixou de ser um país importador de arroz para uma nação exportadora de arroz. Tiveram uma certa dose de êxito neste sector agrícola. Mas estão muito preocupados relativamente às mudanças climáticas, em particular no Delta de Mekong com a subida do nível do mar, por ser uma das maiores áreas de produção de arroz.”
O Maláui, a Zâmbia e o Vietname vão adaptar as políticas agrícolas às respectivas necessidades. Mann sublinha que a FAO e a União Europeia não procuram uma solução que sirva para todos.
O especialista da FAO acrescenta que a informação recolhida ao nível local pode ter ramificações a nível internacional.
Mann sublinha que em última instância é o agricultor que irá avançar com as novas políticas com o apoio dos governos e as diferentes agências que prestam apoio financeiro.
