O governo do Huambo nega o seu envolvimento nas ameaças de morte contra o porta-voz de uma organização não governamental de defesa dos direitos dos camponeses.
Chico da Silva, da Cooperativa Tchipangalwa, disse que começou a ser alvo de intimações desde que concedeu uma entrevista à Voz da América, manifestando a pretensão da sua organização em processar o governador do Huambo, Faustino Muteka, alegadamente por expropriação ilegal de terras e despejos forçados das comunidades camponesas.
À VOA, o Administrador Municipal do Huambo, José Luís de Melo Marcelino, desmentiu as acusações, afirmando que a Cooperativa Tchipangalwa é ilegal.
“Tanto quanto eu saiba essa associação não está legitimada pelas estruturas judiciarias competentes,” disse aquele dirigente. Segundo documentos apresentados pelos cooperantes, a Cooperativa Agrária Tchipangalwa foi fundada a 23 de Dezembro de 2003, publicada no Diário da República, lllª Serie nº 85, de 8 de Maio de 2009.
A Cooperativa Tchipangalwa alega que a aldeia da Etunda está perante uma privação ilícita de lavras de camponeses desde 2009.
Marcelino referiu que as autoridades têm interesses sob aquela área e que o governo irá recompensar os populares que perderam as suas terras. Os camponeses falam em mais cinco mil famílias que ficaram sem as suas lavras, enquanto o governo diz que o número de vítimas é muito inferior.
“Todas as pessoas que tinham lavras legais, essas pessoas têm a justa indemnização, a própria lei de terras é clara nisso.
Um dos objectivos da Cooperativa Tchipangalwa é promover e implementar acções que garantam o desenvolvimento económico e social, a harmonia e a solidariedade entre os homens.