Faltam médicos no Hospital Geral do Lubango, Dr. António Agostinho Neto.
Dos 192 médicos necessários para pôr todos os serviços operacionais, o maior hospital da região sul conta apenas com 70, sendo apenas 12 deles angolanos.
De acordo com o director clínico do Hospital Geral do Lubango, o médico Zola Diakusekele, a falta de médicos condiciona a humanização dos serviços que se pretende e aponta como exemplo a área de pediatria:
“Nós já temos todos os serviços de pediatria, serviços de ortopedia, de cirurgia, otorrino, a parte clínica da pediatria temos aqui. O nosso problema nesse momento é a falta de médicos. Quando se fala de humanização de serviço nós temos que ver essa situação, nenhum ser humano pode aguentar fazer 24 horas e depois no dia seguinte tem que ficar a fazer mais consultas e a seguir os doentes, é por isso que temos um horário das 8 até as 15, o médico pediatra fica aqui a partir das 15 é o banco de chamada é ali onde tem havido problemas as vezes a meia-noite o médico não tem como vir aqui, é um problema”.
Ainda assim o hospital está disposto a avançar com o projecto de extensão dos serviços e transformar-se num verdadeiro hospital geral.
Depois dos serviços de pediatria, psicologia clínica e clínica geral a aposta é avançar com os serviços de maternidade e anatomia patológica;
“ Temos o departamento de anatomia patológica que não conseguimos pôr a funcionar por razões alheias a nossa vontade, nós vamos continuar a crescer temos a orientação que nos foi dada pelo governo de abrirmos aqui a maternidade. Este é um grande desafio porque quem está de fora pode pensar que o hospital é grande mas temos um espaço muito pequeno, nós vamos reorganizar os nossos serviços e procurar formas de abrir aqui a maternidade que nos falta para que sejamos um hospital geral”, afirmou o Dr. Diakusekele.