Começa de facto nesta segunda-feira o governo da nova presidente do Brasil, Dilma Rousseff. A primeira mulher a governar o país de dimensões continentais foi empossada no sábado, quando mais de 190 milhões de brasileiros deram adeus ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Um dia depois da posse, ainda durante o fim de semana, a nova presidente recebeu autoridades internacionais como os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, do Uruguai, José Mujica, e os primeiros-ministros da Coreia e de Portugal, Kim Hwang-Sik e José Sócrates.
Visitaram, ainda, a governante brasileira o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, e o primeiro-vice-presidente de Cuba, José Ramón Machado Ventura, além do ex-primeiro-ministro do Japão, Taro Aso.
Apesar das visitas logo depois da posse, o primeiro dia útil de trabalho de Dilma Rousseff acontece nesta segunda-feira e é marcado por compromissos com a equipe de coordenação de governo, ministros e representantes do Legislativo e do Judiciário.
Ministério criticado
Nesta segunda-feira também acontece no Brasil a passagem de cargo de mais vinte ministros escolhidas por Dilma. Os 37 membros da equipe da petista foram empossados no sábado e as passagens de postos têm ocorrido desde então.
A equipe da nova presidente recebe críticas. Para analistas brasileiros, como Octaciano Nogueira, da Universidade de Brasília, “Dilma vai governar com um ministério recauchutado e dá para ver a sombra do Lula”.
A escalação dos ministros causou descontentamento entre quase todos os aliados. Agora, para analistas, os primeiros passos de Dilma Roussef devem sem na direção dos caminhos que levem à minimização das insatisfações com as escolhas feitas para o ministério.
Medidas impopulares
A governante também precisará colocar mais a sua marca no governo e enfrentar os desafios da economia, tendo ainda que olhar para o social e ampliar políticas do governo Lula na área. Neste cenário de expectativas em torno dos primeiros meses de novo governo, analistas só têm uma certeza: posturas impopulares devem marcar as primeiras medidas da nova presidente.