O Governo angolano anunciou o arranque da segunda fase do registo eleitoral para as eleições gerais de 2017, enquanto a oposição insiste que o processo está ser marcado por muitos atropelos à lei.
A segunda fase do registo eleitoral arrancou na sexta-feira, 28, depois de terem sido atualizadosdados cerca de 3,5 milhões de cidadãos, em dois meses, de acordo como secretário de Estado para os Assuntos Institucionais do Ministério da Administração do Território.
Adão de Almeida revelou que na nova fase estão em funcionamento 60 postos de emissão de cartões eleitorais, número que que deverá evoluir paulatinamente para 350.
Os partidos da oposição continuam, no entanto, a insistir na exigência de muitos atropelos à lei.
O secretário-geral da CASA-CE, Leonel Gomes, considera que apesar das várias reclamações, o Governo e o partido que o sustenta continuam a dirigir o registo à sua maneira.
Gomes diz que com esta atitude não há como confiar nas boas intenções dos dirigentes do MPLA.
Por seu lado, o Comité Permanente da UNITA, que esteve reunido nesta segunda-feira, 31,para analisar o andamento do processo, afirma que registo eleitoral em todo o país está manchado por “inúmeros actos queviolamclaramenteo estatuído nalegislação emvigor”.
Num comunicado divulgado esta tarde, o principal partido da oposição, volta a denunciar a recolha coercivade cartões de eleitor, supostamente, por parte dos administradoresmunicipais e comunais,sobase primeiros secretárioseoutros dirigentes do MPLA .
A UNITA denuncia ainda que oGovernoprovincialdoBiéedeoutrasprovíncias estão supostamente a forçar os funcionários públicos da Educação e da Saúde a fornecerem os seus cartões de eleitor sob pena de não pagamento dos seus salários.