Arrancou nesta quinta feira, 26, a campanha eleitoral para a segunda volta das eleições presidenciais em São Tomé e Príncipe, inicialmente prevista para acontecer a 8 de Agosto, mas que foi adiada devido à crise instalada entre os juízes do Tribunal Constitucional.
Carlos Vila Nova, apoiado pela ADI, na oposição, e o mais votado na primeira volta de 18 de Julho, e Guilherme Posser da Costa, com o apoio do MLSTP-PSD, no poder, tentam conquistar o eleitorado, principalmente os votos dos eleitores que apoiaram os demais 17 concorrentes na primeira volta.
Os eleitores acreditam que os incidentes registados na primeira volta já não vão se repetir e que já não haverá falhas da parte da Comissão Eleitoral Nacional.
“Nós sempre fomos um bom exemplo na organização de processos eleitorais em África e eu acredito que nesta segunda volta das presidenciais tudo irá decorrer de forma pacifica” disse um cidadão eleitor.
Para esta segunda volta, os candidatos terão mais 10 dias de campanha eleitoral.
No próximo dia 5 de Setembro, quase um mês depois da data inicialmente agendada para segunda volta, mais de 123 mil eleitores deverão escolher o novo Presidente.
“Como agora só são dois candidatos, acredito que a Comissão Eleitoral Nacional saberá organizar melhor o processo e já não haverá tantas falhas como houve na primeira volta em que eram 19 candidatos”, disse outro eleitor, apelando a que não haja mais atrasos no processo eleitoral.
Entretanto no mesmo dia em que arrancou a campanha eleitoral, surgiu o alerta do ministro da Saúde, Edgar Neves, do aumento exponencial de casos de Covid-19 nas últimas semanas.
“Podemos afirmar que estamos perante uma terceira vaga da pandemia em São Tomé e Príncipe e esta nova campanha eleitoral e a abertura do novo ano letivo preocupam-nos bastante”, disse Neves, reafirmando que as medidas de prevenção de a vacinação são as únicas armas de combate.
Até Março de 2022, as autoridades sanitárias esperam vacinar 70 por cento da sua população contra a Covid-19.
Na quarta feira, Portugal ofereceu mais 37 mil doses de vacinas.
No total, o arquipélago com cerca de 200 mil habitantes já recebeu 97 mil doses de vacinas disponibilizadas pela iniciativa Covax e pelo Governo português.