O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, disse nesta terça-feira, 29, que vai manter-se no cargo apesar de ter sido exonerado pelo Presidente José Mário Vaz na segunda-feira.
"Só se for pela via da força", garantiu aos jornalistas no final de uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros para analisar os últimos desenvolvimentos políticos no país,
"Uma coisa é a legitimidade, a legalidade, outra coisa é a força", sublinhou o Chefe do Governo, reiterando que Vaz, cujo mandato terminou a 23 de Abril, não tem competência para o demitir.
Gomes reiterou que só depois da eleição presidencial de 24 de Novembro, tomará a decisão se se mantém ou náo à frente do Executivo.
Entretanto, refira-se que Aristides Gomes foi empossado depois das eleições de 10 de Março, ganhas pelo PAIGC que o indicou para o cargo depois do Presidente da República ter recusado o nome do líder do partido, Domingos Simões Pereira.
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) manifestaram em comunicados separados o seu apoio ao Governo actual e pediram respeito ao processo eleitoral em curso.