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Argentina: Candidato do Governo surpreende e vai à segunda volta das Presidenciais contra ultradireitista


Jorge Massa, candidato da União Pela Pátria e mais votado das eleições argentinas
Jorge Massa, candidato da União Pela Pátria e mais votado das eleições argentinas

Jorge Massa consegue mais de 36 por cento dos votos e Javier Milei chega aos 30 por cento.

O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, surpreendeu ao ser o mais votado nas eleições presidenciais deste domingo, 22, com 36,43 por cento, à frente do ultradireitista Javier Milei, com 30,12 por cento, e Patricia Bullrich, da direita, com 23,85, quando estão contabilizados 94 por cento dos votos.

Massa, que enfrenta uma inflação recorde de 138% vai defrontar na segunda volta a 19 de novembro Milei, economista ultraliberal "anti-sistema" Javier Milei que quer "cortar" o Estado.

As pesquisas de opinião voltaram a errar: Depois de, no passado, terem subestimado a ascensão de Javier Milei, colocaram-no nas últimas semanas no topo das intenções de voto, à frente de Sergio Massa.

Massa, de 51 anos, o atual ministro da Economia da Argentina, enfrentou dificuldades dentro da sua própria coligação para se estabelecer como o candidato à presidência.

Ele é considerado um dos políticos mais ortodoxos da frente União pela Pátria, a coligação governista, de herança peronista, e herdeiro do Kircherismo, embora tenha defrontado Nestor Kirchner dentro do partido.

Dias antes data final de inscrição, o União pela Pátria afirmou que o candidato seria outro ministro, Eduardo de Pedro, um aliado próximo da atual vice-presidente, Cristina Kirchner, mas acabou por apostar em Massa.

Ele é um peronista, ou seja, da corrente política herdeira do ex-presidente Juan Domingo Perón, que foi presidente da Argentina três vezes no século 20.

Javier Milei, segundo colocado nas presidenciais na Argentina
Javier Milei, segundo colocado nas presidenciais na Argentina

Javier Milei, de 53 anos, é um economista ultraliberal que lançou-se ao cargo de presidente da Argentina pela coligação A Liberdade Avança, que ele mesmo criou.

Ele ficou famoso na Argentina por suas participações em programas televisivos de fofocas e ser amante do rock.

Durante a pandemia, em protestos contra o confinamento que o Governo havia imposto para evitar o contágio, o economista acabou se tornando um político.

A campanha dele foi marcada por críticas aos políticos, ao Papa, por ameaçar cortar relações com todos os países dirigidos por líderes da esquerda, nomeadamente a China e o Brasil, os principais sócios comerciais da Argentina, privatizar tudo, até ruas, e usar muitos palavões.

Para a segunda volta, Massa e Milei vão disputar os votos da direita tradicial de Patricia, 23,82%, de Juan Schiaretti, um peronista do estado de Córdoba, 7%, e Myram Bregman, candidata trotskista de esquerda, com 2,66%.

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