Os restos mortais do arcebispo de Malanje Dom Luís María Pérez de Onraita falecido na última sexta-feira santa, 3, já repousam no Cemitério da Cafuma.
A vida e obra do sexto bispo da diocese de primeiro da província metropolitana de Malanje que congrega as dioceses do Uíge e Ndalatando foram recordados esta quinta-feira, 9, durante uma missa de corpo presente na Sé Catedral.
O chanceler do arcebispado local, Padre Pedro Luís mencionou na leitura da biografia o reconhecimento do arcebispo emérito que morreu aos 82 anos, dos quais 54 ao serviço da igreja e da sociedade angolana.
“Em Fevereiro de 2002 recebeu o prémio de reconhecimento pelo seu trabalho como o melhor cooperante do ano do Governo basco, na Conferência Episcopal de Angola e São Tomé foi presidente da comissão de educação, das migrações e saúde”, anotou o padre, incluindo a restauração de muitas estruturas de ensino, como o Seminário Maior São José, o ICRA, o Centro de Formação em Maxinde (Dom Luis María), varias igrejas e capelas”.
A prioridade de Dom luís María, que resignou o cargo em Julho de 2011 pela idade, 79 anos, sempre foi a de prestar o seu apoio à educação do povo malanjino.
“Deixa como herança muita gente formada para sociedade”, reiterou o padre.
Em Dezembro do ano findo, o Rei de Espanha concedeu ao defunto padre o grau de condecoração de Número da Ordem de Isabel A Católica por uma vida dedicada na íntegra à missão e aos mais necessitados, personificando igualmente a sua figura a todas as religiosas e religiosos espanhóis que trabalharam em Angola.
O arcebispo Dom Benedito, na homilia da missa de corpo presente, disse que a morte de Dom Luís Maria deixou um vazio para a igreja e a sociedades.
Na missa concelebrada pelos bispos de Caxito, Cunene, Huambo, Kuíto, Lunda-Norte, Uíge, do Sumbe, Namibe, Mbanza Congo, Menogue, Luena, Ndalatando e o bispo auxiliar de Luanda o representante da Igreja Católica em Malanje projectou a antevisão de dom Luis María.
O cardeal Dom Alexandre do Nascimento, governador de Malanje, Norberto Fernandes dos Santos, o presidente do Tribunal de Contas, Julião António, membros do Governo central e local, sacerdotes, fieis e representantes de outras congregações religiosas despediram-se do arecebispo.