O advogado Arão Bula Tempo, detido em Março quando tentava viajar para a República do Congo, e a aguardar o julgamento em liberdade, desconhece se pode ou não sair de Cabinda e de Angola.
Tempo tem clientes fora de Cabinda e pretende procurar tratamento médico no exterior devido à sua saúde precária.
Depois de ter contactado a procuradoria e o juiz-presidente do tribunal que o vai julgar, o advogado diz continuar à espera de uma decisão.
Em declarações à VOA, o advogado lamentou o facto de não poder atender sequer clientes, o que dificulta a sua situação “ao ponto de as crianças de vez em quando saírem do colégio por não poder pagar”.
Com uma “saúde bastante precária”, Tempo pretende ir ao estrangeiro tratar-se, mas ainda não sabe quando, “por falta de condições, mas também espero que o juiz-presidente decida se posso ou não”.
Arão Bula Tempo aguarda o julgamento do seu caso em liberdade provisória, depois de ter passado cerca de dois meses preso.
Ele foi detido a 14 de Março quando tentava viajar à República do Congo para tratamento.
No mesmo dia, estava programada uma marcha de protesto contra a violação dos direitos humanos e a governação da província.
No mesmo dia foi detido o activista José Marcos Mavungo, condenado há duas semanas a seis anos de prisão.