Links de Acesso

Ar Condicionado: Uma aventura introspetiva pelos sonhos, traumas e missões


Personagem Matacedo do filme Ar Condicionado, do realizador Fradique, uma produção Geração 80
Personagem Matacedo do filme Ar Condicionado, do realizador Fradique, uma produção Geração 80

Depois do fim da guerra, em 2002, a capital angolana, Luanda, sofreu grandes transformações e fez mímica da arquitectura das grandes cidades de negócios, com os seus prédios a tentar tocar o céu e uma baía em que cintilam as luzes e texturas desse postal de Luanda, que esconde memórias de um lugar centenário.

Ar Condicionado: Resgatando memórias de Luanda pelos olhos dos invisíveis
please wait

No media source currently available

0:00 0:18:27 0:00


Ar Condicionado vem mostrar esse lugar que não se quer esquecer, fazendo-o na perspetiva de personagens que frequentemente ignoramos, com foco nos detalhes simples de um quotidiano comum à maioria dos luandenses, senão a todos, de um modo ou de outro.

Com tantas analogias possíveis sobre a perda, sobre o resgate, sobre a condição das pessoas, Fradique, o realizador do filme, diz que foi a “parte física e a possibilidade de queda” dos aparelhos de ar condicionado que o encantou e ao guionista Ery Claver.

Ao colocar Matacedo no centro da história, ao fazer-nos caminhar com os seus traumas, as suas missões e sonhos, Ar Condicionado lança o espectador numa aventura introspetiva.

Ar Condicionado: Uma aventura introspetiva pelos sonhos, traumas e missões
please wait

No media source currently available

0:00 0:04:33 0:00

Filmado no Cacimbo (tempo frio), Ar Condicionado não tem, propositadamente, as cores quentes do Verão, explica Fradique para quem a intenção passava por mostrar as pessoas normais do dia-a-dia e não os heróis de ficção, nem uma Luanda cheia de brilhos: “O importante não são os efeitos especiais, são as pessoas".

Ar Condicionado retrata uma Luanda real, num filme sobre condições e condicionalismos, uma cidade de invisíveis, mas essenciais. Um resgate das memórias de uma cidade intensa paradoxalmente moderna e perdida no tempo.

Esta produção da Geração 80 contou com uma banda sonora original escrita e composta por Aline Frazão, num encontro muito feliz entre música e cinema, que Fradique garante querer continuar a fazer.

O filme, que estreou no festival cinema de Roterdão este ano, foi seleccionado para o Festival Global We Are One, uma iniciativa em parceria entre YouTube, Tribeca Film Festival, Cannes e Sundance.

Assista à entrevista alargada no canal de YouTube da VOA

XS
SM
MD
LG