A crise de energia na capital angolana tem deixado de rastos empresários e cidadãos que se queixam das constantes faltas de luz.
Os geradores que seriam apenas uma alternativa passaram a fontes principais no fornecimento de energia.
A manter-se esta situação por mais tempo, os custos dos principais produtos da cesta básica poderá disparar.
Esses transtornos de falta de luz, falta de água, falta de tudo um pouco, fazem uma pessoa pensar em trocar de país ir morrer noutro país", lamenta Pinto António, morador do Zango, que diz não conseguir “estudar quando vem da universidade por falta de energia”.
Dona Filomena, que vive em Viana, diz enfrentar muitas dificuldades na lida doméstica.
“A minha geleira está vazia porque os frescos apodreceram todos”, lamenta, enquanto Domingos, que estava em casa a gozar o feriado, foi chamado à empresa onde trabalha para abastecer o gerador da empresa.
"Estou a falar de empresa, agora imagine em casa, os custos da alimentação, por isso vivemos na miséria já estamos habituados a isto", completa Domingos.
A crise bateu também à porta dos empresários como Damião que diz não saber onde queixar-se.
“Infelizmente aqui primeiro criam as dificuldades e só depois pensam na alternativa”, explica Damião que gostaria que “que o ministro da Energia fosse mais sério porque empresários como eu estamos de rastos".
O economista Faustino Mumbica considera, no entanto, que a se a situação se mantiver muito mais tempo vai provocar o aumento dos preços dos principais produtos básicos.
O ministro da Energia disse recentemente que os apagões em Luanda vão prosseguir pelo menos até Julho, quando estará concluído o enchimento da barragem de Lauca, em Malange.