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Apagões durante audiências do PR em Malanje leva à detenção de três funcionários da ENDE


João Lourenço esteve dois dias em Malanje
João Lourenço esteve dois dias em Malanje

Três funcionários da Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE) na cidade angolana de Malanje foram detidos depois de um apagão registado no momento em o Presidente João Lourenço, recebia na terça-feiram 21, em audiência no Palácio do Governador, entidades religiosas e tradicionais e o representante da Câmara de Comércio e Industrial de Malanje.

A informação foi avançada à Voz da América por uma fonte segura, indicando que eles foram detidos pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), mas as autoridades não deram detalhes sobre os motivos das prisões.

A população de Malanje anda agastada com o funcionamento da ENDE que demoras horas e até dias para garantir luz às residências e serviços.

O governador Norberto Fernandes dos Santos, que esteve na primeira reunião do Conselho de Governação local, reconheceu o défice de funcionamento do sector de energia e águas da província que dirige.

“Laúca não foi feito só para Malanje, Laúca é um projecto que vai se juntar a outros (...) que (fará) um anel. Malanje, naturalmente como está aqui vai beneficiar desta produção, tem produzido para Capanda”, explicou, justificando que em “Laúca estão neste momento a montar a quinta turbina, e depois será a sexta turbina, mas ela já produz energia para levar para outras províncias”.

Muitos candeeiros no centro e arredores cidade de Malanje voltaram a acender no âmbito da campanha de melhoria de alguns serviços para a recepção do Presidente da República, ministros, secretários de Estado e governadores provinciais.

A agenda do Presidente, no entanto, não foi interrompida, tendo o líder da Câmara de Comércio e Industrial de Malanje, Domingos Jorge, disse que entre as preocupações apresentadas ao chefe de Estado, estiveram a dívida pública, o funcionamento do banco, com particularidade o Banco de Desenvolvimento angolano (BDA) e a expansão da energia eléctrica no interior.

“Falamos também um pouco da extensão da electricidade para os municípios e possivelmente para as comunas”, garantiu.

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