Na provincia do Namibe, cidadãos e observadores não veem com bons olhos a exploração de petróleo nas aguas ricas em pescado.
Esta posição surge depois do anúncio do concurso público para a instalação de nove blocos petrolíferos em offshore do Namibe previsto para Outubro, feito pelo ministro dos Recursos Naturais e Petróleos, Diamantino de Azevedo, na sua recente visita à província do Namibe.
Martinho Nganga, docente universitário é um dos namibenses que diz estar contra a exploração do petróleo na província do Namibe “em prejuízo do pescado, um dos principais elementos da dieta alimentar da população”.
Ele defende que “o petróleo do Namibe deve ficar nas prioridades da reserva para a futura geração”.
Quem também discorda da decisão do Governo é o empreendedor Délcio Mac-Mahon, que chama a atenção dos políticos angolanos para “terem em conta a voz das comunidades locais sempre que haja projectos de impacto social”.
Recorde-se produção do peixe, com realce para a Comuna da Baia dos Tigre, nunca teve uma intervenção de recuperação, depois de, no tempo colonial, ter sido uma importante fonte de receitas da província.