A guerra civil em Angola provocou mais e 1,7 milhão de refugiados que procuram refúgio em países vizinhos.
Com contextos e realidades diferentes, os cidadãos que no passado viveram na condição de refugiados e hoje estão enquadrados na sociedade angolana dizem ter passado por momentos muito difíceis.
Osvaldo Barros Lembe, técnico de sonoplastia e antigo refugiado no Baixo Congo, na República Democrática do Congo (RDC), revela que a alimentação era o maior problema.
No entanto, sublinha ter tido “a oportunidade de obter uma formação fundamental” no campo de refugiados.
Outro antigo refugiado é Castro Maonso, actualmente assistente administrativo de uma empresa privada em Luanda.
Maonso afirma que foi refugiado por duas vezes e em dois países diferentes, na RDC e naNamíbia.
O também professor fala da sua vivência nos dois campos de refugiado onde viveu vários anos.
“RDC era na altura mais livre, éramos entrevistados e deram-nos um documento para que pudéssemos trabalhar. E éramos na maioria professores, motoristas e muitos de nós trabalhávamos também na área da saúde”, lembra.
Castro Maonso agradeceu a assistência dada pelo Alto Comissariado das Nações Unidos para os Refugiados (ACNUR).