O antigo líder da Igreja Universal do Reino Unido (IURD) em Angola, Honorilto Gonçalves, foi condenado nesta quinta-feira, 31, pelo Tribunal de Luanda a três anos de prisão, com dois anos de pena suspensa, pelo crime de violência doméstica por, segundo o juiz, ter ficado provado que o bispo levou dois pastores angolanos a fazerem a vasectomia.
Ainda segundo a sentença, uma das vítimas deve receber uma indemnização de 30 milhões de kwanzas e a outra 15 milhões de kwanzas.
O bispo, que se encontra no Brasil e foi julgado à revelia, tem de pagar também 1,5 milhões de kwanzas de custas da justiça.
Os demais três arguidos, António Miguel Ferraz, Belo Kifua Miguel e Fernandes Henriques Teixeira, foram absolvidos por não ter sido provado o seu envolvimento em nenhum dos crimes de que foram indiciados.
Todos eram inicialmente acusados dos crimes de violência doméstica, burla por defraudação, branqueamento de capitais, associação criminosa e expatriação de divisas.
A defesa do bispo Honorilto Gonçalves recorreu da sentença logo após a sua leitura, o que faz com que ela fique em suspenso até transição em julgado.