O antigo director provincial da Educação na província angolana do Uíge, Manuel Zangala, foi condenado a oito anos de prisão maior por crimes de peculato, associação criminosa, participação económica em negócios e violação de norma do orçamento.
Zangala deve ainda indemnizar o Estado em mais de 219 milhões de kwanzas.
Também foram condenados Abele Kissaque, empresário e sócio-gerente das empresas de Manuel Zangala, e Faustino Kuangange, funcionário da direcção provincial da Educação, ambos a três anos de prisão com penas suspensas.
A sentença foi proferida na quarta-feira, 19, pelo juiz do caso Jorge Pindi.
O advogado de defesa de Manuel Zangala, Vitorino Catumbela, manifestou-se insatisfeito com a sentença e recorreu ao Tribunal Supremo.
Durante o julgamento, o Ministério Público acusou Zangala de ter feito uso da sua posição para decidir que empresas deviam ser chamadas a prestar serviços ou fornecer bens aquele gabinete, “o que pagar, quanto e quando pagar”.
“Em 2014, criou uma empresa que prestava serviços e no dia 30 de Abril de 2014 transferiu da conta da instituição para a sua conta um valor de 24.635.000 kwanzas”, disse o procurador quem acrescentou que “na mesma data transferiu da conta da instituição para a conta da sua empresa o valor de 35.531.250 kwanzas".