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Todos temos direitos e deveres - pintor angolano Mário Tendinha


"Através das Portas" é o título da exposição do artista em Luanda.

Jà não tenho medo de nada pois todos temos deveres e direitos, disse o pintor angolano Mário Tendinha.


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Numa entrevista à Voz da América Tendinha disse que não se serve da pintura para atingir o fim de uma critica social.

“A pintura para mim tem outro significado,” disse ele.

“Tenho um gozo extraordinário quando estou a fazer uma obra. A partir do momento em que terminei não me interessa absolutamente nada, “ acrescentou, afirmando ainda que o seu contributo é o seu “trabalho honesto”.

Mário Tendinha disse que a porta da educação tem que ser aberta por que só com isso se construirá um país para todos.

‘Através das Portas’ é aliás o título da exposição do pintor angolano Mário Tendinha, que vai esta patente desde o passado 27 de Setembro, e vai até ao dia 19 de Outubro no Instituto Camões, Centro Cultural Português, em Luanda.

O artista explicou que, a sua obra surge pelo facto das portas ser um objecto muito simbólico pois a abertura desta pode significar boas novas na vida dos indivíduos e ao mesmo tempo a sua viragem para a positiva.

“A porta que é aberta para o futuro, a porta que nos possibilita a encontrar caminhos portas como propostas, reflexões, preocupações ambientais, humor através das portas é um pouco isso”, disse.

Acrescentou que a inspiração para o tema surgiu pelo facto de o material básico empregue ser originário de portas usadas.

«Transformar as portas ‘velhas’ do ‘lixo’ em obras de arte, deixando caminhos, abrindo portas para esses caminhos, felicidade, liberdade, tantos caminhos, sobretudo abrir portas como propostas, reflexões, preocupações ambientais, humor…através das portas é um pouco isso mesmo…partilha», diz, numa nota escrita sobre a exposição, Mário Tendinha, nascido em 1950 na cidade do Namibe, no sul de Angola.

Segundo uma nota biográfica do pintor, «apenas em 2003, depois de 25 anos sem pintar, para além de uns ‘bonecos’ que ia fazendo esporadicamente e de 28 anos sem expor, volta a mostrar o seu trabalho ao público, em Luanda, na Galeria Cenarius, na exposição ‘Lá para o sul...’».

Em 2004, apresenta-se novamente e pela primeira vez no exterior do país, em Portugal, na Casa das Artes de Famalicão, com ‘Partilhar I’, e ainda nesse ano volta a expor no Centro Cultural Português do Instituto Camões, em Luanda, apresentando ‘Partilhar II’, com novos trabalhos.

Mais recentemente, em 2009, apresentou a exposição de desenho e instalação ‘Ngolamirrors’, no Centro Cultural Português, em Luanda, onde no dizer do escritor e crítico angolano Filipe Zau, Mário Tendinha mostrou «os impulsos do subconsciente, representados sob a influência de obras de grandes mestres surrealistas, que lhe vão servindo de suporte: Picasso, Dali, Miro, Ernst, Klee».
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