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Angolanos têm que abandonar a "escola do medo", diz Rafael Marques


José Patrocínio (esq) e Rafael Marques (dir) em debate na OMUNGA
José Patrocínio (esq) e Rafael Marques (dir) em debate na OMUNGA

Jornalista e activista vê sinais de que os cidadãos estão a perder o medo

Os angolanos precisam acabar com a “escola do medo” para que o seu país possa viver num verdadeiro clima de democracia, disse o activista e jornalista Rafael Marques nesta quinta-feira, 13, em Benguela num encontro promovido pela organização não governamental OMUNGA em que participaram cerca de 100 pessoas e no qual afirmou que a sociedade angolana “foi construída com base no medo”.

É precisao abandonar a "escola do medo", diz Rafael Marques - 2:09
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“O medo passou a ser uma escola de instrução obrigatória que nos tem instruído contra a liberdade de expressão, contra os valores morais contra o respeito pela dignidade humana contra o bem comum”, acrescentou o activista que recentemente teve um encontro com o presidente João Lourenço.

Para Rafael Marques essa “escola do medo foi instrumental na educação para a injustiça, no enraizamento da cultura de impunidade, da institucionalização da corrupção, desprezo pela cidadania e de consagração do oportunismo como agentes da submissão nacional”.

O activista afirmou, no entanto, haver sinais de que os angolanos estão a perder o medo fazendo notar as recentes manifestações de jovens contra o desemprego.

Essas manifestações, disse, são também “parte do exercício da democracia”

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