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Angolanos precisam de aprender mais sobre finanças e economia


Face à actual difícil situação económica os angolanos precisam na generalidade de aprender mais sobre finanças e economia, dizem especialistas.

Come feito o actual cenário de crise económica que afecta o país está a deixar a população cada vez com menos poder de compra.

O especialista em gestão financeira, Hélder Santos, diz que falta na população angolana a cultura do planeamento e a educação sobre finanças.

“Sou de opinião que tenhamos nas escolas disciplinas que ensinam os alunos a lidar com o dinheiro. Tão importante quanto ganhar é saber gastar”, referiu.

Actualmente a camada mais vulnerável procura a todo custo realizar actividades economicamente rentáveis, não importando o que seja. É a luta pela sobrevivência que para as zungueiras (vendedoras ambulantes) se traduz em longas caminhadas a pé, corrida e agressão protagonizada muitas vezes pelos agentes da ordem pública.

A Universidade Católica de Angola já alertou recentemente em Relatório divulgado pelo seu Centro de Estudos e Investigação Científica que a situação tende a piorar.

De acordo com o Relatório Económico do CEIC que avalia o desempenho da Economia de Angola em 2017 o aumento da população não é acompanhado pelo crescimento da economia, devido à crise.

É esta dura realidade que se vive no país que deve servir de lição para cada angolano que ainda tem um rendimento mensal. Hélder Santos pensa que mais do que antes, é altura dos cidadãos contornarem a situação fazendo poupanças por meio da redução de gastos.

O Hélder Santos lamenta que ainda existam no país pessoas sem renda mensal, o que não possibilita fazer poupanças.

Outra questão abordada pelo Gestor Financeiro é o salário mínimo nacional que se situa abaixo dos 25 mil kwanzas, valor insuficiente para pelo menos adquirir uma cesta básica.

Por sua vez Manuel Marques, escritor e Gestor de profissão, entende que seja necessário que os angolanos invistam na educação financeira para uma melhor administração das finanças pessoais no actual contexto de crise. Um comportamento que pode ajudar a contornar a difícil posição económica do país.

“O que vai acontecer é que estaremos bem-educados financeiramente e saberemos gerir os nossos recursos, o que era pouco passará a ser suficiente”, disse.

O consumo por impulso é um comportamento da grande maioria dos cidadãos angolanos e que deve ser evitado para reduzir as dificuldades, já que a situação económica exige contenção de gastos.

Mas, educar a população sobre questões financeiras não é apenas tarefa do Estado. A classe jornalística tem aqui mais uma razão para investir no jornalismo de especialidade e cumprir com o seu papel social _contribuir para formação da população.

Carlos Rosado, Economista e Jornalista entende que os jornalistas têm papeis e responsabilidades fundamentais em diversos sectores da vida pública do país.

João Joaquim jornalista e Secretário Geral da AJECO-Associação dos Jornalistas Económicos de Angola entende que a formação dos profissionais em matéria económica é um elemento-chave neste contexto de crise em que os jornalistas são chamados a dar corpo as várias acções de educação da sociedade.

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