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Angolanos muçulmanos presos acusam Estado de cruzada contra o Islão


Os cinco detidos refutam "acusações fabricadas"

Os cinco angolanos em prisão preventiva desde Dezembro, acusados de organização terrorista e de terem jurado fidelidade e obediência ao grupo terrorista Estado Islâmico, dizem ser vítimas de uma "cruzada contra o Islão" e de acusações "fabricadas".

“As acusações do Ministério Público não passam de fabricações para justificar o injustificável", lê-se num comunicado enviado às redacções assinado por Ahmed Nlandu José, porta-voz do grupo.

Acusados a 26 de Abril de terem criado em 2015 em Angola o grupo muçulmano radical denominado 'Street Da Was', os cinco jovens que professam a religião muçulmana acusam as autoridades angolanas de serem hostis “ao Islão e os muçulmanos" e reiteram que a acusação "apenas vem corroborar a praxe das mesmas na sua cruzada contra o Islão".

"O MP não tem razões para me manter detido durante seis meses, encarcerado nas imundas solitárias, sem poder andar e me entregar na companhia dos insectos e cheiro nauseabundo, apenas por ser muçulmano”, escreve Ahmed Nlandu José.

Eles reiteram que nunca publicaram "matérias políticas, nem tão pouco existe ligação com o Estado Islâmico e nunca seus membros juraram fidelidade ao líder do EI".

A Procuradoria-Geral da República diz que o grupo, formado por cidadãos angolanos convertidos ao Islão visava divulgar o islamismo nas ruas, usando a siga 'Islamya Angola", através da publicação nas redes sociais de matérias e temas de cariz radical.

O advogado de defesa, Sebastião Assurreira, reiterou à VOA que a acusação de que os arguidos juraram "fidelidade e obediência" ao grupo extremista Estado Islâmico foi baseada em “suposições”, não havendo matéria suficiente que os incriminem.

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