Cidadãos de Angola, Moçambique e Guiné-Bissau terão de pedir visto para entrar no Brasil a partir da segunda-feira, 26, de acordo com um novo pacote de medidas tomadas pelo Executivo de Brasília como forma de impedir migrantes de vários continentes de usarem o seu território para chegar, principalmente, aos Estados Unidos e Canadá.
No total, são 60 países abrangidos, na sua maioria asiáticos e africanos, mas também estão na lista Cuba, Irão e Haiti.
Cidadãos de outros 60 países podem ficar no máximo 30, 60 ou 90 dias, a depender da origem, sem a obrigatoriedade de visto.
Nesse grupo, estão cidadãos da África do Sul, Estados Unidos, Canadá e vários países europeus e latino-americanos.
No caso de pedidos de refúgio, o Secretário Nacional de Justiça, Jean Uema, disse que os peticionários terão de provocar que estão a ser perseguidos no país de origem para ter autorização para ingressar em território brasileiro.
As medidas, que entram em vigor na segunda-feira, 26, são tomadas em meio a denúncias de que o Brasil tem sido usado como rota de organizações criminosas para tráfico de pessoas.
Um relatório da Polícia Federal concluiu que a maioria dos imigrantes que pedem refúgio no Brasil não tem motivações que justifiquem a admissão como refugiados.
O documento mostrou mais de 70% dos pedidos de refúgio no aeroporto provêm de pessoas de nacionalidade indiana, nepalesa ou vietnamita.
Somália, Camarões, Gana e Etiópia estão entre os restantes 30% dos requerentes de refúgio.
Ainda de acordo com o relatório, a maioria dos migrantes que entram no Brasil, segue depois até o Estado do Acre, cruza a fronteira com o Peru e depois continua pela América Central até chegar aos Estados Unidos e Canadá.
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