Angola vai receber seis milhões de dólares do Fundo Central de Resposta a Emergências das Nações Unidas, (CERF) para ajudar a enfrentar a pior seca dos últimos 30 anos.
A ajuda integra-se num pacote total de 150 milhões de dólares, destinado por aquele fundo a 13 operações humanitárias, em África, Américas, Ásia e Médio Oriente.
No caso angolano, o maior impacto será sentido nas províncias de Namibe, Huíla e Cunene.
Um estudo publicado no último trimestre do ano passado revelou que o número de pessoas em situação de insegurança alimentar aguda grave naquelas províncias pode passar dos actuais 1,32 milhões para 1,58 milhões até Março deste ano.
Ao anunciar a ajuda, o subsecretário-geral para Assuntos Humanitários do CERF, citado pela ONU News, disse que ela “visa impulsionar a resposta a crises subfinanciadas” e que este pacote, “o maior de todos os tempos, representa uma tábua de salvação para milhões de afectados”.
“A meta é acelerar a solução dos problemas mais urgentes de comunidades vulneráveis”, para que, acrescentou o CERF, as contribuições dos doadores cheguem mais rápido às aéreas mais remotas.
Síria lidera
A Visão Global Humanitária prevê que este ano 274 milhões de pessoas necessitem de assistência humanitária, o número mais alto em várias décadas.
A Síria é o país que receberá o montante mais elevado, 25 milhões de dólares, seguida da República Democrática do Congo (23 milhões), Sudão (20 milhões) e Myanmar (12 milhões).
No Sahel, de acordo com a mesma fonte, Burkina Faso, Chade e Níger receberão 10 milhões de dólares cada.
A ajuda vai contemplar também Haiti, Líbano, Madagascar, Quénia e Honduras.