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Angola: Em tempo de crise, não há garantia de grandes presentes no dia dos namorados


Há sempre uma alternativa, um gelado...
Há sempre uma alternativa, um gelado...

Há quem sugere celebrações alternativas: Passear, ver um filme ou chupar um gelado...

A crise que Angola enfrenta há quase dois vai condicionar, esta semana, a troca de presentes entre os namorados.

Tal como acontece em muitas parte do mundo, o 14 de Fevereiro é celebrado como Dia dos Namorados.

Angola: Em tempo de crise, não há garantia de grandes presentes no dia dos namorados
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O dia é principalmente associado à troca mútua de recados de amor em forma de objectos, o que para muitos angolanos está difícil por causa da crise financeira que o país atravessa.

Hélder Luandino, consultor e produtor audiovisual, é um dos terão dificuldades.

"As coisas não estão às mil maravilhas. Para não passar a data em branco, tive de recorrer a uma segunda opção para agradar a minha parceira,” diz Luandino.

Pascoal André e Elione Falcão são estudantes universitários e trabalham no ramo da comunicação Social.

"É mais difícil actualmente comprar presentes para as parceiras, mas vou tentar adquirir aquilo que ela gosta", desabafa Pascoal André.

Poupar é a melhor estratégia para debelar a crise, diz a jornalista Elione Falcão.

Gestos simples podem fazer a diferença

Para muitos, o 14 de Fevereiro é uma data normal, pelo que, não deve ser motivo de preocupação.

Optar por formas mais humildes e gestos mais simples é o melhor que se pode fazer, diz Isabel Prata, técnica de comunicação e marketing.

"Os preços subiram, mas consegue-se oferecer presentes. Mesmo agora temos as redes sociais, podemos gravar um áudio e praticar um gesto simples, mas que faz toda a diferença," sugere.

Este gesto, acrescenta Prata, "deve ser adoptado com ou sem crise, para que quando houver outra carência não haja problemas".

Para quem tem poucos recursos, é sempre possível encontrar uma alternativa no Largo Zinga Mbandi, também conhecido como o Largo do Amor, onde há mais de 10 anos floristas e decoradoras vendem artigos diversos.

Aqui, os preços são variáveis e estão ao alcance de muitos, conta Tomázia Manuel, florista e decoradora há 15 anos.

Venda de flores garante formação universitária de quatro filhos

Mas Sara Pombal, também florista, diz que 2017 está a ser um ano fraco em termos de venda, uma vez que que alguns funcionários não receberam ainda os seus ordenados.

Noutros anos, diz Pombal, "a esta hora já havia muitos clientes a encomendar prendas para o dia 14”.

Os preços dos presentes, diz a também decoradora, variam entre os mil e os 45 mil kwanzas. Os mais vendidos são os ursos e as flores, importados da África do Sul.

Mas "temos problemas de adquirir, porque o dólar está alto. O que vendemos aqui dá para manter o fogão aceso e pagar a formação dos quatro filhos que estão na faculdade".

Outros irão optar pelo que chamam de formas alternativas de celebrar: Passear, ver um filme ou chupar um gelado.

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